Veículos e Tecnologia – Carros esportivos

8 carros esportivos que foram fabricados no Brasil e marcaram época

Montagem com carros esportivos que foram fabricados no Brasil – Os créditos das imagens estão no decorrer no conteúdo

É muito comum que os carros esportivos, principalmente os de alto desempenho e luxo, sejam produzidos fora do Brasil. Entretanto, o que muitos não sabem é que existem diversos modelos produzidos no Brasil.

Nas próximas linhas, o Etv World apresenta 8 automóveis desse tipo que tiveram produção em território nacional, fazendo muito sucesso. Entre eles, estão carros que hoje são o sonho de consumo de colecionadores e também automóveis ainda cobiçados para o uso no dia a dia.

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O que torna um carro esportivo?

Para se tornar um carro esportivo, é necessário que o veículo seja fabricado para ter um design atraente e aerodinâmico, com curvas suaves, elegantes e contornos muito bem feitos. A combinação de todas essas características faz com que seja reduzida a resistência do ar e ocorra uma maior sensação de velocidade e potência ao conduzir o automóvel.

Para elevar ainda mais a performance desse tipo de carro, a sua carroceria geralmente conta com materiais leves e de grande eficiência, como alumínio e fibra de carbono.

Veja também:

9 carros esportivos que foram produzidos no Brasil

A seguir, você confere 8 carros esportivos produzidos no Brasil, as especificações técnicas de cada um deles e informações relacionadas à sua fabricação.

1 – Honda Civic Si (2007)

Modelos do Civic SI – Imagem: Divulgação/Honda

2 – Golf GTI

Modelo do Golf GTI lançado na época – Imagem: Divulgação/Volkswagen

Este é outro veículo que já foi fabricado no Brasil. Inicialmente, em 1994, o Golf GTI, em sua terceira geração na época, era comercializado no país por meio de uma importação vinda do México. Todavia, em 1999, na sua quarta geração, ele passou a ser fabricado no país, mais especificamente em São José dos Pinhais (PR). A sua produção nacional durou até 2014.

Na época, ele era um dos carros mais modernos fabricados no Brasil. Como características, vinha com um motor 1.8 turbo em duas variações: 150 cv e 180 cv, com uma aceleração máxima de 227 km/h. Ao longo dos anos, o carro foi ganhando novas versões e estilos, mas sempre mantendo a esportividade.

3 – Sandero R.S. 2.0

O último Sandero R.S. 2.0 produzido foi incorporado ao Acervo Histórico da Renault do Brasil – Imagem: Divulgação/Renault

Chamado pela Renault de o “legítimo esportivo”, o Sandero R.S. 2.0 foi um grande sucesso no Brasil. O carro chegou ao mercado nacional em 2015 e se tornou uma excelente opção para quem buscava um veículo popular com excelente desempenho.

Ele era produzido na fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR). Ele era também muito conhecido como um carro esportivado, ou seja, que tinha versões com estética esportiva, mas poucas mudanças mecânicas realmente significativas.

Apesar disso, o automóvel contava com um swap de motor para um 2.0 aspirado flex que conseguia ter 150 cv de potência e 20,9 kgfm de torque no etanol.

Outro ponto é que ele passou a ter uma suspensão redesenhada, freios a disco nas quatro rodas e direção eletro-hidráulica. O seu câmbio era manual com seis marchas.

O sistema RS Drive que entregava três modos de condução e as rodas de 17 polegadas com pneus 205/45 também eram características de destaque para o carro. Ele foi fabricado até 2021, quando saiu de linha.

4 – Fork Maverick

Foto do veículo divulgada pela marca – Imagem: Ford Performance/ Divulgação

Sim, o lendário muscle car foi fabricado no Brasil, especificamente entre 1973 e 1979. Quando lançado, usava duas opções de motores de seis cilindros: 2.8 ou 3.3 litros. Depois, veio a ganhar mais uma versão, a 4.1 com 98 cv e seis cilindros.

Depois, o mais famoso e reverenciado, o V8 302 na versão GT, que conseguia atingir os 199 cv (brutos). O modelo era vendido no Brasil, Estados Unidos, México, Canadá e Venezuela. Em território brasileiro, ele competiu diretamente com o Chevrolet Opala.

5 – Chevrolet Opala SS

Chevrolet Opala SS na estrada – Imagem: Divulgação/GM

Versão de grande sucesso da Chevrolet no Brasil, o Opala SS foi produzido no país entre 1968 e 1992. Ele contava com um motor de seis cilindros em linha 4.1 e com potência de 171 cv (brutos).

Em seu visual, ele tinha características esportivas, além de uma aparência clássica. Outros destaques eram o som grave dos seis cilindros, que simboliza o status e desempenho na época. O seu câmbio era manual e tinha 4 marchas.

6 – Punto T-Jet

Punto T-Jet sendo conduzindo em uma bela estrada – Imagem? Divulgação/Fiat

Esportivo fabricado no Brasil entre 2009 e 2015, o Punt T-Jet se destacava por ter um motor 1.4 turbo com 152 cv de potência e 21,1 kgfm de torque. O veículo era capaz de fazer de 0 a 100 km/h em apenas 8,4 segundos com uma velocidade máxima de 203 km/h.

Além disso, o seu design combinava elegância e esportividade com bastante equilíbrio, já que suas rodas são de 17” e os para-choques traseiros e dianteiros são estilizados.

O seu interior também trazia detalhes muito esportivos, dando maior harmonia com a cor externa do veículo e bancos esportivos com revestimento em couro. O automóvel também foi fabricado na Itália.

7 – Puma GT 1.500

Puma GT 1.500 na versão amarela para corrida — Puma GT 1.500 na versão amarela com visual de corrida – Crédito editorial: Martin Lehmann / Shutterstock.com

O Puma GT 1.500 é um esportivo digno de coleção. O veículo começou a ser produzido no Brasil em 1967, e tinha como inspiração os automóveis esportivos europeus, com foco nos modelos italianos. O motor foi projetado com base no Volkswagen e contava com 4 cilindros refrigerados a ar com 65 cv de potência.

A Puma fez bastante sucesso com o veículo e, inclusive, chegou a exportá-lo para outros países. No entanto, em 1985, por conta de dificuldades financeiras, encerrou suas atividades. Várias empresas adquiriram a marca e relançaram o carro, mas todas não conseguiram se firmar no mercado.

8 – Farus ML 929

Com sede em Belo Horizonte (MG), em 1978 a empresa Farus lançou o carro esportivo modelo ML 929 com uma mecânica Fiat. O seu chassi treliça tinha um propulsor em posição central para proporcionar uma excelente dirigibilidade ao carro. Apesar disso, o seu desempenho não era grande coisa, pois o 1.3 proveniente do 147 Rallye alcançava somente 72 cv.

Entretanto, ao longo dos anos, a empresa fez algumas atualizações nos motores do veículo e conseguiu se estabelecer no mercado. Além disso, foram lançados novos modelos como o Beta, que contava com um motor 1.8 oriundo do Chevrolet Monza e que, na sequência, veio a ser oferecido com uma carroceria conversível e maior cilindrada.

Com a abertura das importações no ano de 1990, a empresa acabou saindo do mercado. Durante o seu período de produção, o veículo foi exclusivamente fabricado no Brasil.

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9 – Omega Lotus

Aceleramos o Omega Lotus, que já foi o sedã mais rápido do mundo

Relembre com a gente da versão mais invocada já feita do Omega, com motor 6 cilindros turbo de 380 cv

Nas décadas de 1980 e 1990, a Chevrolet brasileira vivia basicamente dos carros da europeia Opel, como Corsa, Kadett, Monza e, no topo da gama, o refinado Omega. Lançado no Brasil em agosto de 1992 como substituto do Opala, ele era o carro nacional mais luxuoso da época, principalmente na versão mais cara CD com motor 3.0 de 6 cilindros e 165 cv importado da Alemanha.

Na Europa, a Opel sempre foi conhecida por suas versões endiabradas. E no dia em que ela anuncia o retorno da mítica sigla GSi no Insignia (sucessor do Vectra), Motor1.com traz para você um emocionante reencontro com um clássico esportivo da marca: o Omega Lotus, desenvolvido pelo braço inglês da Opel (chamado Vauxhall) em parceria com a também inglesa Lotus, reconhecida pelo seu legado esportivo.

A imprensa adorava idolatrar sua velocidade máxima de 283 km/h e sua aceleração de 0 a 100 km/h em 5,4 segundos – números que faziam deste Omega o sedã de produção mais rápido do mundo naquela época, batendo inclusive o BMW M5.

Tremendo desempenho era fruto do motor de seis cilindros em linha e 3.6 litros, biturbo, que gerava nada menos que 380 cv e de potência e 57,9 kgfm de torque. Motor esse que, curiosamente, derivava do 3.0 usado no Omega brasileiro, mas com comando duplo no cabeçote (24V), usado no Omega GSi europeu. Nas mãos da Lotus, o propulsor teve diâmetro e curso aumentados para elevar a litragem a 3.6 litros, além de receber dois turbos com 0,7 kg de pressão e um intercooler.

O Omega Lotus ainda é discutido em tons reverenciados entre amantes de esportivos, com o impacto do desempenho desta fera ressoando até hoje. Estar atrás do volante de um deles é algo que eu queria fazer desde que li sobre esse carro pela primeira vez. Dizem que a gente nunca deve conhecer seus heróis, mas é evidente que isso não será um problema aqui.

O câmbio manual de 6 marchas (mesmo do Corvette ZR1 da época) imediatamente entrega a idade do Omega, uma vez que os super sedãs atuais vêm todos com caixa automática ou automatizada de dupla embreagem. No entanto, não há nada de errado com a performance, que continua a ser chocante, mesmo em comparação com os 600 cv que seus equivalentes modernos entregam atualmente.

O rodar é bem composto, a direção é detalhada e seu tamanho, que já foi grande um dia, hoje não parece um limitador. Acelere com vontade e veja o quanto esse carro é empolgante, envolvente e interessante de se dirigir, misturando o desempenho moderno com uma sensação old school. Custava o equivalente a mais de R$ 200 mil na época no Reino Unido, e este exemplar é um dos somente 286 construídos. Se você tem um, não o venda, pois ele é apreciado em valor a uma taxa igual à rapidez que ele acelera.

Então você tem isso: uma mistura eclética de antigos e novos Vauxhall, lembrando que, apesar do posicionamento atual da marca, ela já inovou e empurrou fronteiras em sua longa história. Com a propriedade mudando para o Grupo PSA, a Opel/Vauxhall não está mais sob o guarda chuva da GM. O que o futuro vai nos mostrar disso não está claro, mas, se a evidência de sua história for alguma pista, ela pode simplesmente surpreender e deleitar-se à medida que se empurra para uma nova era.